Conecte-se Conosco
 

Política

Senador Amin celebra aprovação de emenda sobre voto impresso

Novo Código Eleitoral é Aprovado no Senado com Emenda de Voto Impresso

Publicado

em

Novo Código Eleitoral é Aprovado no Senado com Emenda de Voto Impresso

Aprovação e Importância do Novo Código Eleitoral

Nessa quarta-feira, 20 de setembro, um importante passo foi dado na esfera legislativa brasileira com a aprovação do novo Código Eleitoral, o Projeto de Lei Complementar (PLP) 112/2021. O senador Esperidião Amin (PP-SC) fez um discurso no Plenário do Senado para comemorar essa aprovação, que ocorreu na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) pela manhã. O novo código, que concentra cerca de 900 artigos, tem como objetivo sistematizar a legislação eleitoral, trazendo mais clareza e organização ao processo.

O Papel do Relator e da CCJ

O senador Marcelo Castro (MDB-PI) atuou como relator do projeto, desempenhando um papel crucial na organização e na aprovação do texto que será fundamental para as próximas eleições. A necessidade de um novo Código Eleitoral já era percebida por diversos segmentos da sociedade, e a aprovação na CCJ marca um avanço significativo na discussão da modernização do processo eleitoral no Brasil.

Emenda de Voto Impresso

Um dos pontos mais discutidos na aprovação do novo código foi a emenda proposta por Esperidião Amin, que permite a auditoria do processo eleitoral por meio do voto impresso. Essa emenda foi aprovada por uma margem apertada de 14 votos a 12, demonstrando a polarização em torno do tema. Durante seu discurso, Amin sublinhou que o objetivo não é questionar o uso das urnas eletrônicas, mas sim aprimorar a segurança do processo eleitoral.

— “Quero deixar registrado este dia de vitória em nome da pacificação do Brasil. Aceitemos o voto auditável como uma forma de pacificar, de congregar e de tirar da nossa vida política essa sombra que existe a respeito da auditabilidade do voto na urna eletrônica,” declarou o senador.

Contexto e Recomendações de Auditoria

A proposta de inclusão do voto impresso encontra respaldo em recomendações feitas pela Polícia Federal ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em 2018. Essas recomendações, respondidas ao então presidente do TSE, Luís Roberto Barroso, sugerem a adoção de um sistema de auditoria que permita uma verificação mais robusta do resultado das eleições.

Leia Também:  R$ 100 bilhões: O preço que trava o reajuste completo do IR

Essa dinâmica é um reflexo da busca por mais transparência no processo eleitoral. O voto impresso tem sido um tema recorrente em discussões sobre a credibilidade das urnas eletrônicas, especialmente em tempos de crescente desconfiança em relação às instituições políticas.

Exemplos Internacionais e Precedentes Legais

A abordagem do voto auditável também é inspirada em práticas internacionais. Amin trouxe à tona o exemplo da Índia, onde é utilizado um sistema de amostragem para a auditoria de votos. Além disso, ele mencionou a posição da Corte Constitucional da Alemanha, que não recomenda o uso de urnas eletrônicas desprovidas de um mecanismo de auditabilidade. Esses exemplos internacionais demonstram que o debate sobre a segurança no processo eleitoral transcende as fronteiras brasileiras.

A Lei da Ficha Limpa e Outras Emendas

Outro aspecto importante da discussão foi a emenda proposta pelo senador Sergio Moro (União-PR), que foi incorporada ao novo Código Eleitoral e mantém os efeitos da Lei da Ficha Limpa (Lei Complementar 135/2010). A Lei da Ficha Limpa é uma conquista significativa para a democracia brasileira, pois busca impedir que candidatos com condenações judiciais possam concorrer a cargos eletivos, promovendo uma maior transparência e ética na política.

Implicações do Novo Código Eleitoral

A aprovação do novo Código Eleitoral e a inclusão do voto impresso sinalizam um momento crucial de transformação no sistema político brasileiro. A mudança tem o potencial de restabelecer a confiança dos eleitores nas instituições, contribuindo para um processo eleitoral mais transparente e seguro.

Leia Também:  COP 30: Ministra pede foco na implementação das políticas climáticas

A Reação do Público e dos Especialistas

As reações em torno do novo Código Eleitoral foram variadas. De um lado, defensores da proposta celebraram a aprovação como um passo em direção à maior transparência eleitoral. De outro, críticos levantaram preocupações sobre a viabilidade da implementação do voto impresso e os custos associados.

Especialistas em direito eleitoral e tecnologia também se manifestaram sobre a importância de garantir um sistema de votação que combine modernidade e auditabilidade. Eles ressaltam que, se bem implementados, os sistemas de auditoria podem reduzir significativamente a possibilidade de fraudes e aumentar a confiança do eleitorado.

Conclusão: A Caminho da Pacificação Política

A aprovação do novo Código Eleitoral é um marco significativo na política brasileira, trazendo à tona a necessidade de assegurar que todos os votos sejam não apenas contados, mas também auditáveis. Essa medida se apresenta como um caminho para pacificação política, um tema que é cada vez mais relevante em um cenário onde a desconfiança em relação às instituições é palpável.

Para a população, essa mudança representa uma oportunidade de engajamento. É hora de os cidadãos se informarem sobre como essas alterações podem afetar a forma como exercem seu direito de voto nas próximas eleições. O processo eleitoral transparente e confiável é fundamental para revitalizar a democracia e assegurar que a voz do povo seja realmente ouvida.

A discussão em torno do novo Código Eleitoral e suas implicações para a sociedade continua a ser um tema crucial a ser monitorado nas próximas semanas, enquanto as alterações avançam para a fase de implementação. A participação ativa da sociedade civil e um debate saudável sobre essas questões seriam os próximos passos para garantir uma democracia mais robusta e participativa.

Equipe responsável pela curadoria e publicação das principais notícias no Fórum 360. Nosso compromisso é informar com agilidade, clareza e responsabilidade.

Continue Lendo
💬 Dê sua nota e comente
0 0 votos
Classificação do artigo
Inscrever-se
Notificar de
guest
0 Comentários
mais antigos
mais recentes Mais votado
Feedbacks embutidos
Ver todos os comentários

Saúde

Audiência Pública em Ubatuba: Controvérsias em Torno da Construção de um Hospital Municipal

Publicado

em

Por

Audiência Pública em Ubatuba: Controvérsias em Torno da Construção de um Hospital Municipal

Na noite de quinta-feira, 25 de outubro, uma audiência pública em Ubatuba, São Paulo, gerou grande repercussão após um incidente envolvendo o vereador Rogério Frediani (PL). O encontro tinha como pauta principal a construção de um novo hospital municipal, com um empréstimo de R$ 170 milhões solicitado pela Prefeitura junto à Caixa Econômica Federal. Desse montante, R$ 120 milhões seriam destinados à construção do hospital, enquanto R$ 50 milhões seriam aplicados em obras de pavimentação na cidade.

O Incidente Durante a Audiência

Durante a audiência, Frediani abordava as melhorias necessárias na infraestrutura do bairro Marafunda quando foi interrompido por uma moradora. Apesar da transmissão oficial da Câmara Municipal não ter captado o que foi dito por ela, a resposta do vereador rapidamente se tornou o foco da discussão. Em um momento de tensão, Frediani disse: “Ô, minha filha, senta aí, fica quieta. Você já latiu muito. Ah, cala a boca.”

Esse episódio levou o presidente da Câmara Municipal, Gady Gonzales (MDV), a intervir rapidamente. Gady pediu para que o microfone de Frediani fosse cortado e solicitou respeito durante a audiência. “Cala a boca é demais, Rogério. Por gentileza. Pessoal, respeitem o vereador, e respeitem o público também,” disse Gady, pedindo um clima de civilidade.

Contexto da Audiência Pública

A audiência durou mais de quatro horas e teve como objetivo principal discutir um projeto que pode impactar significativamente a saúde pública em Ubatuba. A proposta de construção do hospital municipal é vista como uma solução para a demanda crescente por serviços de saúde na região, que atualmente enfrenta dificuldades devido à falta de infraestrutura adequada.

A proposta de empréstimo foi apresentada pela Prefeitura de Ubatuba como uma forma de melhorar a qualidade de vida dos moradores, mas também gerou debate sobre a utilização dos recursos e a necessidade de transparência nas decisões governamentais.

Leia Também:  Governo Trump oferece US$ 1000 para imigrantes que decidirem deixar os EUA voluntariamente

Declarações do Vereador

Após o tumulto, Rogério Frediani concedeu uma entrevista à Rede Vanguarda, onde se posicionou sobre o incidente. Ele afirmou que não se arrepende de sua reação e considerou a situação “normal” em um ambiente de debate político. “Discussões fazem parte. Este projeto pode mudar o futuro de Ubatuba,” declarou o vereador, ressaltando a importância da proposta em discussão.

Frediani também mencionou que não pretende fazer uma representação contra a moradora, afirmando que “se ela fizer alguma representação contra mim, faz parte.” Essa postura sugere uma tentativa de minimizar a controvérsia e focar no que considera ser a relevância do projeto hospitalar.

Reações da Comunidade

A audiência pública e o incidente envolvendo o vereador rapidamente se tornaram tópicos de discussão nas redes sociais e entre os moradores de Ubatuba. Muitas pessoas expressaram apoio a Frediani, destacando a importância de tratar questões de saúde de forma aberta e direta. Outros, no entanto, criticaram a forma como o vereador se dirigiu à moradora, considerando a atitude desrespeitosa e inapropriada em um espaço público.

A falta de um tratamento respeitoso em discussões sobre temas tão importantes como a saúde pública levantou preocupações sobre a dinâmica das audiências públicas em Ubatuba. Esses encontros são fundamentais para a participação da população em decisões que afetarão diretamente suas vidas.

A Importância da Transparência e Participação Cidadã

A construção de um hospital municipal em Ubatuba representa uma oportunidade significativa para melhorar a saúde pública na região, mas também destaca a necessidade de transparência e comunicação eficaz entre os governantes e a população. A audiência pública deveria ser um espaço para o diálogo construtivo e a troca de ideias, e não um palco para conflitos pessoais.

A participação cidadã é crucial para garantir que as decisões tomadas em audiências como essa reflitam as necessidades e desejos da comunidade. O respeito mútuo e a abertura para ouvir diferentes opiniões são fundamentais para o sucesso de projetos que envolvem investimentos significativos de recursos públicos.

Leia Também:  Reunião Brasil-Caribe define cinco temas centrais para cúpula

A Repercussão na Mídia e Redes Sociais

O incidente se espalhou rapidamente nas redes sociais, com diferentes opiniões surgindo a respeito do comportamento do vereador e da importância do projeto hospitalar. A mídia local também cobriu o evento, destacando tanto a proposta de construção do hospital quanto a forma como o vereador lidou com a interrupção.

A repercussão negativa da situação pode impactar a imagem de Frediani, que deverá lidar com as consequências de suas palavras e ações em um momento em que a população está mais atenta às questões de saúde e infraestrutura.

O Futuro da Saúde em Ubatuba

A audiência pública sobre a construção do hospital municipal em Ubatuba é um exemplo claro da necessidade de um diálogo respeitoso e produtivo entre representantes eleitos e a população. Embora o projeto tenha o potencial de transformar a saúde na cidade, a forma como as discussões são conduzidas pode influenciar a percepção pública e a eficácia da implementação.

Os eventos da noite de quinta-feira servem como um lembrete de que a construção de um futuro melhor para Ubatuba requer não apenas investimentos em infraestrutura, mas também um compromisso com a comunicação clara e respeitosa entre todos os envolvidos. A construção do hospital é um passo importante, mas a forma como a comunidade e seus representantes se relacionam durante o processo será igualmente crucial para o sucesso da iniciativa.

Este episódio ilustra que, em questões tão significativas, o respeito e a civilidade devem sempre prevalecer, garantindo que todos os cidadãos de Ubatuba tenham voz nas decisões que impactam suas vidas.

Continue Lendo

Política

Senador propõe mudanças para ampliar poderes da CPMI do INSS

Publicado

em

Por

CPMI do INSS: Clarificações sobre a Soltura de Rubens Oliveira Costa

Em uma coletiva de imprensa realizada nesta quinta-feira (25), o presidente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS, senador Carlos Viana (Podemos-MG), trouxe à tona detalhes sobre a recente soltura do economista Rubens Oliveira Costa. Costa, que se tornou alvo de um pedido de prisão durante seu depoimento na última segunda-feira (22), foi liberado após prestar esclarecimentos à Polícia Legislativa, sem a necessidade de pagamento de fiança.

Circunstâncias da Soltura

De acordo com Viana, a decisão da Polícia Legislativa de liberar Rubens Oliveira Costa foi fundamentada em um posicionamento da Procuradoria-Geral da República (PGR). Este mesmo posicionamento foi crucial em um caso anterior, que envolveu o empresário Daniel Pardim Tavares Lima, acusado de falso testemunho durante uma CPI. Naquela ocasião, a PGR classificou a prisão como “abusiva” e sem base constitucional, ressaltando que a Polícia Legislativa não possui autoridade para conduzir prisões em flagrante de forma independente.

O senador Carlos Viana destacou que essa situação gerou questionamentos entre os parlamentares presentes na CPMI. Para muitos deles, a interpretação atual das normas que regem as investigações no Congresso pode esvaziar os poderes das comissões de inquérito. Viana enfatizou a necessidade de uma revisão legal para que as CPMIs possam operar de forma mais eficaz e autônoma.

Proposta de Nova Legislação

Como resposta a essas preocupações, Carlos Viana revelou a apresentação de um projeto de lei que visa ampliar os poderes das comissões de inquérito. Ele afirmou: “Precisamos fazer alguma coisa, porque temos uma lei de CPIs e CPMIs que prevê a prisão em flagrante, mas ao mesmo tempo, uma decisão da Procuradoria da República, referendada pela Justiça, coloca a Polícia do Legislativo numa situação em que não pode dar sequência sem uma investigação formal.”

Leia Também:  Reunião Brasil-Caribe define cinco temas centrais para cúpula

O senador ressaltou a importância de definir, por meio de nova legislação, as ações a serem tomadas nas investigações. A proposta de Viana surge em um contexto em que a efetividade das CPMIs está em jogo, especialmente quando se trata de garantir que os procedimentos sejam respeitados e que as investigações não sejam comprometidas.

Sugestões de Ação Imediata

Enquanto o projeto de lei aguarda votação, o senador Sérgio Moro (União-PR) fez uma proposta alternativa. Ele sugeriu que a própria CPMI comece a lavrar e formalizar os flagrantes, além de coletar depoimentos das testemunhas. Moro argumentou que a comissão tem poderes suficientes para decidir sobre pagamentos de fiança e a soltura de depoentes que eventualmente venham a ser alvo de prisões em flagrante.

Moro comentou sobre a complexidade da situação enfrentada pela Polícia Legislativa, que se viu obrigada a agir com base em precedentes que podem não se aplicar adequadamente a cada caso. Ele expressou que, caso uma situação semelhante ocorra novamente, a CPMI deveria ser a responsável por formalizar qualquer flagrante e decidir sobre a fiança. “Não precisamos delegar isso à Polícia Legislativa do Senado”, afirmou Moro, sublinhando a importância de que a própria CPMI mantenha a autoridade investigativa.

Próximos Passos e Acompanhamento

A partir da coletiva, Carlos Viana informou que a Polícia Legislativa terá um prazo de 30 dias para averiguar a situação de Rubens Oliveira Costa, utilizando como suporte as notas taquigráficas e as filmagens da reunião da CPMI. Ao final desse período, a Polícia apresentará suas conclusões à comissão.

A expectativa é que essa avaliação ajude a esclarecer não apenas o caso específico de Costa, mas também as diretrizes que devem ser seguidas em investigações futuras. A CPMI do INSS está sob pressão para garantir que suas investigações sejam robustas e que seus poderes sejam respeitados, especialmente em um momento em que a confiança nas instituições é crucial.

Leia Também:  Governo Trump oferece US$ 1000 para imigrantes que decidirem deixar os EUA voluntariamente

Implicações para o Futuro das CPMIs

A situação envolvendo a CPMI do INSS e a soltura de Rubens Oliveira Costa ressalta a necessidade de um debate mais amplo sobre os limites e as competências das comissões de inquérito no Brasil. O papel da PGR e as regras que regem a atuação da Polícia Legislativa estão no centro desse debate, e a proposta de Carlos Viana pode ser um passo importante para redefinir essas relações.

As CPMIs desempenham um papel vital na fiscalização das atividades do governo e na proteção dos interesses da sociedade. No entanto, é fundamental que suas operações sejam claras, transparentes e legalmente embasadas. A evolução deste caso pode não apenas impactar a CPMI do INSS, mas também servir como um precedente para futuras comissões que buscam garantir a integridade e a eficácia de suas investigações.

A soltura de Rubens Oliveira Costa e o debate em torno dos poderes das CPMIs evidenciam a complexidade das investigações no Congresso Nacional. À medida que o cenário político se desenvolve, é essencial que os parlamentares e as instituições assegurem que os mecanismos de fiscalização e controle sejam respeitados, para que a confiança pública nas instituições seja mantida.

A proposta de nova legislação apresentada por Carlos Viana e a sugestão de Sérgio Moro de que a própria CPMI assuma um papel mais ativo nas investigações são passos que podem redefinir o futuro das comissões de inquérito no Brasil. A sociedade deve acompanhar de perto essas discussões, pois o resultado delas terá um impacto significativo na forma como as investigações parlamentares são conduzidas e, consequentemente, na transparência e na responsabilização no ambiente político brasileiro.

Continue Lendo

Política

Câmara aprova transferência simbólica da capital para Belém durante COP30

Publicado

em

Por

Câmara dos Deputados Aprova Transferência Simbólica da Capital para Belém Durante a COP30

Nessa quinta-feira (25), a Câmara dos Deputados ratificou um projeto de lei que prevê a transferência simbólica da capital do Brasil, Brasília, para Belém, no estado do Pará, entre os dias 11 e 21 de novembro de 2025. Esta mudança ocorrerá em decorrência da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), um evento de grande relevância internacional que reunirá líderes e especialistas em questões ambientais.

O Projeto de Lei e Seus Objetivos

O projeto de lei, denominado PL 358 de 2025, foi proposto pela deputada Duda Salabert (PDT-MG). A proposta permite a transferência dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário de Brasília para a capital paraense durante os dias em que a COP30 estiver em andamento. Com essa medida, todos os atos e despachos do presidente da República e dos ministros de Estado realizados nesse período serão datados em Belém.

Justificativa da Proposta

A deputada Duda Salabert justificou a necessidade da transferência, afirmando que a mudança proporcionaria uma maior interlocução entre as autoridades brasileiras e estrangeiras. “Essa medida demonstraria o compromisso do governo e do Parlamento brasileiro com as questões ambientais e a necessidade de encontrar soluções efetivas para um problema que afeta todo o planeta”, declarou a parlamentar ao submeter o projeto.

Votação e Opiniões Contrárias

A proposta foi aprovada com um expressivo apoio, recebendo 304 votos favoráveis e 64 contrários. Apenas o partido Novo e a liderança da oposição se manifestaram contra o texto. O deputado Luiz Lima (Novo-RJ) argumentou que, apesar de ser uma transferência simbólica, o ato geraria despesas significativas, como aluguel de veículos e locação de espaços, além de custos com Tecnologia da Informação.

Leia Também:  R$ 100 bilhões: O preço que trava o reajuste completo do IR

O Papel do Relator

O relator do PL em plenário, deputado José Priante (MDB-PA), ressaltou que a transferência não é uma ideia inédita. Ele lembrou que a capital do Brasil já havia sido transferida para o Rio de Janeiro em 1992, durante a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, popularmente conhecida como Rio 92. Priante enfatizou a importância simbólica da conferência, que acontecerá no coração da Amazônia, ressaltando que todos os brasileiros devem reconhecer o significado desse evento.

O Próximo Passo: Análise do Senado

Após a aprovação na Câmara, o projeto de lei segue agora para análise do Senado. Caso seja aprovado, a transferência simbólica da capital será um marco na história política do Brasil, especialmente em um ano em que as questões climáticas ganham cada vez mais destaque nas agendas nacionais e internacionais.

Outras Medidas Importantes: Segurança Viária

Na mesma sessão legislativa, a Câmara dos Deputados também aprovou o PL 2.334 de 2023, que altera as regras do Fundo Nacional da Segurança Pública (FNSP). Essa mudança permitirá o uso de parte dos recursos do fundo em atividades relacionadas à segurança viária e à qualificação de agentes de trânsito.

Uso dos Recursos do FNSP

De acordo com o substitutivo aprovado, 5% do valor das multas de trânsito arrecadadas deverão ser destinados ao fundo. Os recursos serão utilizados para a construção e reforma de unidades dos órgãos de trânsito, aquisição de equipamentos e veículos, além da capacitação de agentes de trânsito. A medida visa melhorar a segurança nas vias e a formação dos profissionais que atuam nessa área.

Leia Também:  COP 30: Ministra pede foco na implementação das políticas climáticas

Implicações Práticas e Finais

A aprovação do projeto de lei que prevê a transferência simbólica da capital para Belém durante a COP30 representa um passo significativo do Brasil no reconhecimento da urgência das questões climáticas. Essa ação não apenas simboliza um compromisso com o meio ambiente, mas também pode servir como um convite à cooperação internacional para enfrentar os desafios globais relacionados à mudança climática.

Além disso, a alteração nas regras do Fundo Nacional da Segurança Pública pode impactar diretamente a segurança viária no Brasil. A destinação de recursos para a capacitação de agentes e melhoria das infraestruturas viárias é uma medida que, se bem aplicada, pode reduzir o número de acidentes e aumentar a segurança nas estradas do país.

A decisão da Câmara dos Deputados reflete uma mudança de paradigma em relação à forma como o Brasil lida com as questões ambientais e a segurança pública. A transferência simbólica da capital para Belém durante a COP30 é uma oportunidade única para o país se posicionar como um líder nas discussões sobre mudança climática, enquanto a alteração nas regras do FNSP pode levar a uma melhoria significativa nos serviços de segurança viária.

Essas iniciativas, se bem implementadas, poderão trazer benefícios tangíveis para a sociedade, promovendo não apenas a conscientização sobre a importância da preservação ambiental, mas também a segurança de todos os cidadãos nas vias do Brasil.

Continue Lendo

Recomendados

MAIS LIDAS

0
Adoraria saber sua opinião, comente.x