Economia
Salários de Diretores de RH no Brasil seguem estáveis pelo 2º ano consecutivo, segundo estudo da Page Executive
Levantamento da Page Executive mostra que salários de CEOs, CFOs e diretores de grandes empresas seguem estáveis diante de cenário econômico e político incerto
São Paulo, maio de 2025 – A alta liderança brasileira viu seus salários fixos se manterem estáveis em 2024, apesar das incertezas políticas e econômicas que ainda marcam o cenário latino-americano. É o que aponta a Pesquisa de Remuneração para Executivos realizada pela Page Executive, unidade especializada do PageGroup no recrutamento de altos cargos de gestão.
O estudo analisou a remuneração de 2 mil executivos de empresas de pequeno, médio e grande porte em toda a América Latina, com foco especial no Brasil. As faixas salariais foram classificadas conforme o porte de faturamento das companhias: até R$ 250 milhões, entre R$ 250 e R$ 500 milhões, de R$ 500 milhões a R$ 1 bilhão, e acima de R$ 1 bilhão.
Estabilidade reflete cautela estratégica das empresas
De acordo com Humberto Wahrhaftig, diretor executivo da Page Executive, as empresas seguem cautelosas e seletivas quanto à permanência de seus líderes:
“Mesmo com a remuneração fixa estável, é evidente que há uma intencionalidade na retenção de lideranças capazes de engajar equipes e conduzir transformações. A disputa por talentos estratégicos continua alta, mesmo em um ambiente de crescimento modesto.”
O também diretor da Page Executive, Paulo Dias, complementa:
“A manutenção das faixas salariais é reflexo de um cenário de incerteza, mas ajustes pontuais ocorreram conforme o contexto de cada empresa. O foco segue na performance e relevância estratégica do cargo.”
Salários da alta liderança por cargo e faturamento
A seguir, os dados detalhados das faixas de remuneração mensais em 2023 e 2024 para os principais cargos executivos:
CEO – Chief Executive Officer
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Até R$ 250 milhões: R$ 40 mil a R$ 65 mil
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De R$ 250 a R$ 500 milhões: R$ 50 mil a R$ 80 mil
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De R$ 500 milhões a R$ 1 bilhão: A partir de R$ 60 mil
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Acima de R$ 1 bilhão: A partir de R$ 80 mil
💬 Estabilidade total nas faixas
CFO – Diretor Financeiro
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Até R$ 250 milhões: R$ 30 mil a R$ 60 mil
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De R$ 250 a R$ 500 milhões: R$ 40 mil a R$ 70 mil
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De R$ 500 milhões a R$ 1 bilhão: R$ 50 mil a R$ 80 mil
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Acima de R$ 1 bilhão: A partir de R$ 70 mil
Alta no piso para empresas entre R$ 500 mi e R$ 1 bi
CHRO – Diretor de Recursos Humanos
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Até R$ 250 milhões: R$ 30 mil a R$ 60 mil
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De R$ 250 a R$ 500 milhões: R$ 30 mil a R$ 70 mil
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De R$ 500 milhões a R$ 1 bilhão: R$ 40 mil a R$ 80 mil
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Acima de R$ 1 bilhão: R$ 50 mil a R$ 80 mil
🟰 Estabilidade total
CTO – Diretor de Tecnologia
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Até R$ 250 milhões: R$ 30 mil a R$ 50 mil
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De R$ 250 a R$ 500 milhões: R$ 30 mil a R$ 60 mil
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De R$ 500 milhões a R$ 1 bilhão: R$ 40 mil a R$ 80 mil
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Acima de R$ 1 bilhão: A partir de R$ 60 mil
🔄 Estabilidade total, refletindo o cenário pós-boom tech
COO – Diretor de Operações
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Até R$ 250 milhões: R$ 30 mil a R$ 60 mil
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De R$ 250 a R$ 500 milhões: R$ 40 mil a R$ 70 mil
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De R$ 500 milhões a R$ 1 bilhão: R$ 45 mil a R$ 80 mil
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Acima de R$ 1 bilhão: A partir de R$ 60 mil
📉 Alta no piso nas faixas mais altas
Análise estratégica de remuneração é essencial
“As faixas salariais revelam mais do que números: mostram as prioridades da empresa. Ajustes indicam áreas de maior investimento, enquanto a estabilidade pode sinalizar maturidade e consolidação do cargo”, explica Humberto Wahrhaftig.
Para acessar o estudo completo, clique aqui
seguro-defeso
Ministério do Trabalho assumirá habilitação do seguro-defeso
O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, anunciou uma importante mudança na administração do seguro-defeso, benefício destinado a pescadores que dependem exclusivamente da pesca para sua subsistência. A partir de outubro, a habilitação para esse benefício ficará sob a responsabilidade do Ministério do Trabalho, em vez do Ministério da Pesca, que atualmente realiza o cadastro de pescadores.
O Que é o Seguro-Defeso?
O seguro-defeso é um auxílio financeiro concedido a pescadores durante o período de defeso, quando a pesca é proibida para garantir a preservação das espécies. O valor do benefício é equivalente a um salário mínimo, atualmente em R$ 1.518. Esse período é determinado pelo Ministério do Meio Ambiente e varia conforme a espécie de peixe, refletindo o compromisso do governo com a sustentabilidade ambiental.
Mudanças na Habilitação do Seguro-Defeso
Durante uma entrevista ao programa “Bom Dia, Ministro”, Luiz Marinho detalhou que a alteração nas atribuições do Ministério do Trabalho está prevista em uma medida provisória que já tramita no Congresso Nacional. O ministro expressou otimismo sobre a aprovação rápida da proposta, afirmando que a equipe do ministério está se preparando para implementar a nova medida em outubro.
Comparação com o Seguro-Desemprego
Marinho fez uma analogia entre o seguro-defeso e o seguro-desemprego, explicando que o processo de habilitação será unificado. “O trabalhador que fica desempregado e se enquadra nos critérios pode receber o seguro-desemprego, também pelo Ministério do Trabalho. Vamos então unificar a habilitação, tanto para seguro de trabalho quanto para seguro-defeso”, ressaltou o ministro.
Objetivo da Mudança
A mudança visa proporcionar um controle mais eficaz sobre a concessão do benefício, permitindo que o governo identifique e coíba possíveis irregularidades. Segundo Marinho, a intenção não é cortar recursos, mas sim garantir que o seguro-defeso seja concedido apenas àqueles que realmente têm direito. “Estamos apenas fazendo uma adequação”, afirmou.
Combate a Irregularidades
A nova abordagem do Ministério do Trabalho tem como foco a prevenção de fraudes e a proteção dos recursos destinados ao benefício. Marinho enfatizou que existem pessoas que podem estar se aproveitando de uma fiscalização deficiente para obter o seguro sem ter o direito. “Queremos assegurar que apenas os pescadores que realmente dependem desta atividade para viver recebam o auxílio”, completou.
Impacto na Vida dos Pescadores
A mudança na habilitação do seguro-defeso pode ter um impacto significativo na vida dos pescadores. Para aqueles que realmente vivem da pesca, a garantia de um suporte financeiro durante o defeso é crucial. No entanto, a unificação do processo de habilitação também traz desafios, já que será necessário um acompanhamento mais rigoroso por parte do governo.
A Importância da Regularização
A formalização do processo de habilitação é um passo importante para garantir que o seguro-defeso cumpra seu papel social. A medida pode ajudar a proteger os recursos públicos e assegurar que o benefício chegue a quem realmente precisa, promovendo justiça social.
Expectativas para o Futuro
Com a mudança, o governo espera melhorar a gestão do seguro-defeso, tornando o processo mais eficiente e transparente. A expectativa é que a nova estrutura traga resultados positivos tanto para os pescadores quanto para a administração pública.
O Papel do Congresso Nacional
A medida provisória que promove essas mudanças já está em tramitação no Congresso Nacional e, se aprovada, permitirá que o Ministério do Trabalho assuma a responsabilidade pela habilitação do seguro-defeso. Esse passo é fundamental para que as novas diretrizes sejam implementadas conforme o planejado.
A transferência da habilitação do seguro-defeso para o Ministério do Trabalho representa uma mudança significativa na forma como o benefício é gerido no Brasil. Ao unificar os processos de habilitação, o governo busca não apenas otimizar a concessão do auxílio, mas também combater fraudes e assegurar que os recursos cheguem a quem realmente necessita.
Esta reformulação tem implicações diretas na vida dos pescadores brasileiros, que dependem do seguro-defeso durante períodos críticos. A expectativa é de que, com um controle mais rigoroso, o governo consiga garantir a proteção dos recursos e a sustentabilidade da atividade pesqueira. A aprovação da medida provisória pelo Congresso será um passo decisivo para a implementação dessas mudanças e para a melhoria das condições de vida dos pescadores que vivem da atividade pesqueira como única fonte de renda.
inteligência Artificial
Uso de Inteligência Artificial na Indústria Cresce 163% em 2 Anos
Nos últimos dois anos, o setor industrial brasileiro assistiu a um crescimento notável na adoção de tecnologias de inteligência artificial (IA). De acordo com a Pesquisa de Inovação Semestral (Pintec), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 24 de outubro de 2023, o número de empresas industriais que utilizam IA saltou de 1.619 em 2022 para 4.261 em 2024. Esse crescimento representa um impressionante aumento de 163%.
O Crescimento da Adoção da IA na Indústria
No primeiro semestre de 2022, apenas 16,9% das empresas industriais utilizavam IA. Esse número subiu para 41,9% no mesmo período em 2023, evidenciando uma mudança significativa na forma como as empresas estão integrando tecnologia em suas operações.
A pesquisa foi realizada com uma amostra de 1.731 empresas, representando um universo de 10.167 companhias com 100 ou mais empregados, e foi financiada pela Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) com apoio da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Fatores que Impulsionam o Uso de IA
Flávio José Marques Peixoto, gerente de pesquisas temáticas do IBGE, atribui parte desse avanço ao crescimento das chamadas IAs generativas, que são capazes de criar conteúdos, desde textos até imagens. O lançamento do ChatGPT em novembro de 2022 e sua rápida difusão em 2023 contribuíram para aumentar a disponibilidade e o interesse por essas tecnologias.
Além das IAs generativas, Peixoto destacou outras aplicações de IA que estão se tornando populares nas indústrias, como:
- Mineração de dados
- Reconhecimento de fala
- Reconhecimento de processos de imagem
- Geração de linguagem natural (GLN)
- Aprendizado de máquina (machine learning)
- Automatização de processos e fluxos de trabalho
Uma das aplicações mais significativas da IA na indústria é a manutenção preditiva, que permite otimizar a produção e a movimentação de máquinas, ajudando na tomada de decisões autônomas.
Perfil das Empresas que Utilizam IA
O estudo do IBGE revela que o uso de IA é mais prevalente em empresas de maior porte. Entre as companhias com 500 ou mais empregados, 57,5% utilizam IA. Esse número é superior ao de empresas com 250 a 499 funcionários (42,5%) e com 100 a 249 trabalhadores (36,1%).
Setores com Maior Adoção de IA
O levantamento também identificou as áreas que mais utilizam IA, sendo as seguintes:
- Equipamentos de informática, eletrônicos e ópticos: 72,3%
- Máquinas, aparelhos e materiais elétricos: 59,3%
- Produtos químicos: 58%
Por outro lado, os setores com menor uso de IA incluem:
- Fumo: 22,9%
- Couro: 20,7%
- Manutenção, reparação e instalação de mecanismos e equipamentos: 19,2%
A Adoção de Tecnologias Digitais Avançadas
Além da IA, o estudo revelou que 89% das empresas industriais utilizam alguma forma de tecnologia digital avançada. As principais tecnologias identificadas foram:
- Computação em nuvem: 77,2%
- Internet das coisas: 50,3%
- Robótica: 30,5%
- Análise de big data: 27,8%
- Manufatura aditiva (impressão 3D): 20,3%
- Inteligência Artificial: 41,9%
Os setores que mais utilizam essas tecnologias digitais incluem:
- Outros equipamentos de transporte: 98,3%
- Máquinas, aparelhos e materiais elétricos: 97%
- Impressão e reprodução de gravações: 96%
Benefícios da Adoção de Tecnologias Digitais
A Pintec também investigou os benefícios que as empresas têm alcançado com o uso dessas tecnologias. Os resultados mostraram que:
- Aumento da eficiência: 90,3%
- Maior flexibilidade em processos: 89,5%
- Melhoria no relacionamento com clientes e fornecedores: 85,6%
- Maior eficácia no atendimento ao mercado: 82,9%
- Capacidade de desenvolver novos produtos ou serviços: 74,7%
- Redução do impacto ambiental: 74,1%
- Entrada em novos mercados: 43,8%
Motivação para a Adoção de Tecnologias Digitais
Um dos pontos destacados na pesquisa é que 88,6% das empresas que adotaram tecnologias digitais consideraram a decisão como uma estratégia autônoma. Influências de fornecedores e clientes foram citadas por 62,6% dos entrevistados, enquanto 51,9% apontaram a concorrência como um motivador.
Apesar do aumento na atratividade de programas de apoio à adoção de tecnologia, apenas 9,1% das empresas relataram ter se beneficiado de programas de apoio público.
A Necessidade de Inovação como Questão de Sobrevivência
Flávio Peixoto enfatiza que a adoção de tecnologias digitais avançadas não é apenas uma estratégia para ganhar novos mercados, mas uma questão de sobrevivência. Ele observa que, muitas vezes, os fornecedores e clientes exigem que as empresas integrem tecnologias que melhorem a logística e o processo de suprimento.
Peixoto exemplifica a situação na indústria automobilística, onde a demanda dos clientes reflete em toda a cadeia produtiva. Para que essa integração ocorra, é essencial o uso de tecnologias adequadas.
Desafios na Implementação de Tecnologias
Apesar dos benefícios, as empresas enfrentam desafios consideráveis ao implementar tecnologias digitais. De acordo com a pesquisa, 78,6% das indústrias que utilizam tecnologias digitais apontaram os altos custos como um obstáculo significativo. Além disso, 54,2% mencionaram a falta de pessoal qualificado como um desafio.
Entre as empresas que ainda não adotaram tecnologias, 74,3% citam os altos custos como a principal barreira, seguida por 60,6% que apontaram a falta de mão de obra qualificada.
Mudanças no Teletrabalho
Outro dado interessante da pesquisa é a queda no percentual de empresas industriais que adotam o teletrabalho. Em 2022, 47,8% das empresas utilizavam esse modelo, enquanto em 2024 esse número caiu para 43%, representando 4.357 empresas. A tendência é mais evidente em empresas com 500 ou mais empregados, onde 65,3% adotaram o teletrabalho.
A adoção de inteligência artificial e outras tecnologias digitais avançadas no setor industrial brasileiro está em ascensão, refletindo uma mudança significativa no panorama empresarial. As empresas que abraçam essa transformação digital não apenas melhoram sua eficiência e eficácia, mas também garantem sua posição no mercado diante das exigências de clientes e fornecedores.
Os desafios, como os altos custos e a falta de mão de obra qualificada, permanecem, mas a necessidade de inovação e adaptação é clara. Com o aumento da competição e a evolução constante das demandas do mercado, a adoção de tecnologias digitais não é apenas uma vantagem competitiva, mas uma questão de sobrevivência.
Atividade Econômica
Copom mantém Selic em 15% diante de incertezas econômicas
Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), realizada nos dias 16 e 17 de setembro, a taxa básica de juros da economia brasileira, a Selic, foi mantida em 15%. Essa decisão, publicada na ata do Copom nesta terça-feira (23), reflete um contexto de incertezas econômicas externas e sinais de moderação no crescimento interno. A seguir, analisamos os principais fatores que influenciaram essa escolha e suas implicações para a economia.
Contexto Atual e Decisão do Copom
O Copom decidiu interromper o ciclo de elevação de juros, adotando uma postura de cautela em relação à política monetária. A ata destaca que a manutenção da Selic em 15% será feita por um “período bastante prolongado” com o objetivo de garantir que a inflação se mantenha dentro da meta estabelecida. A decisão de não aumentar a taxa foi motivada pela necessidade de avaliar os impactos acumulados das elevações anteriores.
“O cenário atual, marcado por elevada incerteza, exige cautela na condução da política monetária”, enfatiza o documento. O Copom reafirma seu compromisso em monitorar a situação econômica, afirmando que ajustes futuros poderão ocorrer, caso necessário.
Cenários Externo e Interno: Fatores Determinantes
Impactos do Cenário Internacional
Na análise da ata, o Copom menciona a conjuntura econômica dos Estados Unidos como um fator externo significativo. As tarifas impostas pelo governo americano estão impactando o mercado brasileiro mais do que questões estruturais, que têm mostrado um efeito menor do que o esperado na formação de preços. O debate sobre o início do ciclo de cortes de juros pelo Federal Reserve e o ritmo de crescimento dos EUA são questões que ainda geram incertezas.
Além disso, o documento aponta que os riscos de longo prazo, como a introdução de novas tarifas e o aumento de gastos fiscais, continuam a contribuir para a incerteza no cenário econômico global. Essas variáveis externas têm um papel importante na condução da política monetária no Brasil.
Moderação do Crescimento Interno
Em relação ao cenário interno, a ata do Copom observa uma “certa moderação no crescimento” da atividade econômica. De acordo com o Comitê, os estímulos fiscais e de crédito ainda não geraram impactos significativos para alterar essa trajetória. Pesquisas setoriais e dados de consumo corroboram a ideia de uma desaceleração gradual no crescimento econômico.
Inflação: Expectativas e Desafios
O Copom também se debruçou sobre as expectativas de inflação, que, segundo a ata, permanecem acima da meta estabelecida, criando um cenário adverso. As expectativas são monitoradas através de diferentes instrumentos e grupos de agentes econômicos, e a persistência desses índices acima do desejado contribui para a decisão de manter a taxa Selic inalterada.
“Após uma firme elevação de juros, o Comitê optou por interromper o ciclo e avaliar os impactos acumulados”, destaca a ata. Este é um momento crítico, onde a estabilidade da Selic será observada para determinar se tal estratégia é suficiente para garantir a convergência da inflação em direção à meta.
Projeções da Inflação e Taxa Selic
A Selic é um dos principais instrumentos utilizados pelo Banco Central para controlar a inflação. A elevação da taxa tem como objetivo conter o consumo aquecido que, por sua vez, pode provocar aumentos nos preços. Juros mais altos dificultam o acesso ao crédito e incentivam a poupança, enquanto uma redução na Selic tende a baratear o crédito e estimular a produção.
Com a decisão de manter a Selic em 15%, o Copom projeta que a inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), deve encerrar 2025 em 4,8%. Este índice ainda se encontra acima da margem de tolerância definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que estabelece uma meta de 3%, com um intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima e para baixo, ou seja, variando entre 1,5% e 4,5%.
As projeções para 2026 indicam uma expectativa de variação do IPCA de 3,6%, que deve cair para 3,4% no primeiro trimestre de 2027. Esses índices estão mais próximos do centro da meta e sinalizam uma possível desaceleração da inflação, mas ainda é necessário cautela.
O Caminho à Frente
A decisão do Copom de manter a taxa Selic em 15% reflete um contexto econômico complexo e repleto de incertezas. A combinação de fatores externos e internos, junto com as expectativas de inflação, exigem uma abordagem cautelosa na condução da política monetária. Embora haja sinais de moderação no crescimento econômico, a necessidade de garantir a convergência da inflação à meta é um desafio contínuo.
Para os consumidores e investidores, essa manutenção da taxa Selic pode significar um ambiente de crédito mais caro, o que pode afetar decisões de consumo e investimento. Ao mesmo tempo, a vigilância do Copom sobre os impactos econômicos sugere que ajustes podem ser feitos no futuro, dependendo de como as condições econômicas se desenrolarem.
Assim, tanto para o mercado quanto para os cidadãos, compreender as implicações das decisões do Copom é crucial para uma melhor gestão financeira pessoal e tomada de decisões mais informadas. A economia brasileira enfrenta um momento de transição, e as próximas decisões do Banco Central poderão moldar o cenário econômico nos próximos anos.
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